“CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO”
Dom Pedro Cunha Cruz preside celebração de quarta-feira de cinzas na Catedral de Campanha e abre solenemente a Quaresma e a CF 2020
A solenidade mais importante do ano, o acontecimento central da vida de todo católico é a Páscoa. E porque ela é grande, merece uma preparação à altura. Começa na quarta-feira de cinzas a nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos essa preparação? Colocando cinzas sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a nos alinharmos no caminho de Deus com o seu projeto de justiça e paz para todos.
A solene celebração de Quarta-feira de Cinzas na paróquia Santo Antônio, sé episcopal de Campanha, foi presidida pelo bispo diocesano D. Pedro Cunha Cruz e concelebrada pelo pároco e chanceler do bispado, Cônego Bruno César Dias Graciano. Houve grande concurso de fieis. Na celebração de Cinzas, isso já é uma característica na paróquia. Toda a nave e os corredores entre os arcos laterais estavam repletos.
A igreja celebra, na quarta-feira de cinzas a misericórdia de Deus que acolhe a penitência, a conversão, isto é, o reconhecimento da condição do cristão como criatura limitada.
As cinzas
Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! Mas não reduzidos a pó!
Encontramos diversas menções à utilização das cinzas no Antigo Testamento. Em Gênesis (18,27), há uma citação indicando a fragilidade da condição humana: “Abraão prosseguiu e disse: ‘Sou bem atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza’”. Jó também sublinha o profundo limite da própria existência: “Arremessam-me ao lodo e eu me confundo com a poeira e a cinza” (Jó 30, 19).
Segundo a antiga praxe, o sacramento da penitência era público e constituía o rito que dava início ao caminho de penitência dos fiéis que seriam absolvidos na celebração da manhã da Quinta-feira Santa. Mais tarde o gesto da imposição das Cinzas – obtidas da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior – estendeu-se a todos os fiéis e foi inserido na celebração da Missa, após a homilia. Também a fórmula que acompanha, com o tempo foi mudada: no início era “recorda-te que és pó e em pó te hás de tornar!” extraído do Gênesis. Hoje ao se impor as cinzas, o ritual oferece duas opções: “Convertei-vos e crede no evangelho” ou “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar” (fórmula tradicional com nova redação)
A homilia
Em sua homilia, D. Pedro destacou os principais pontos da celebração: o início da quaresma, a mensagem do papa Francisco para esse tempo e o início da Campanha da Fraternidade 2020.
“O tempo da quaresma como renovação da vida cristã, nos convida a reencontrar o nosso verdadeiro rosto cristão por meio da oração e da caridade, a fim de modelarmos nossa imagem àquela de Cristo. Deste modo, poderemos viver uma comunhão mais profunda no mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. É tempo de percorrermos o itinerário batismal de penitência e conversão. Tempo liturgicamente forte de mudança de vida, que nos insere ainda mais neste Mistério. Os quarenta dias de “deserto” é tempo de graça e de bênção, marcado pela escuta da Palavra de Deus e da reconciliação com Deus e com os irmãos. É um tempo em que a Igreja, com amorosa insistência, nos chama à mudança de vida. Tempo de oração, jejum, de partilha e de gestos solidários em que direcionamos a misericórdia de Deus aos mais necessitados.”
“A mensagem do Papa Francisco para a quaresma deste ano será de grande contribuição para percorrermos este itinerário: ‘O Senhor concede-nos também neste ano, um tempo propício que nos prepara para celebrar, de coração renovado, o grande mistério da morte e ressurreição de Jesus, centro da vida cristã pessoal e comunitária. Com a mente e o coração, devemos voltar continuamente a este Mistério. Com efeito o mesmo não cessa de crescer em nós na medida em que nos deixarmos envolver pelo seu dinamismo espiritual e aderirmos a ele com uma resposta livre e generosa. Por isso, neste tempo favorável, deixamo-nos conduzir como Israel ao deserto, para podermos finalmente ouvir a voz do nosso Esposo, deixando-a ressoar em nós com maior profundidade e disponibilidade. Portanto, não deixemos passar em vão este tempo de graça, na presunçosa ilusão de sermos nós o dono dos tempos e modos de nossa conversão”
“[...] a Igreja do Brasil, iluminada pelo Espírito Santo e atenta à realidade em que vivemos, nos propõe neste ano um tema desafiador para nossa caminhada de conversão: ‘Fraternidade e vida: Dom e compromisso’; e como lema: ‘Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Jo 10, 33-34). Ela recorda que não devemos separar o caminho da conversão do serviço aos irmãos e irmãs. A vida é dom e compromisso. Não se pode viver a vida com indiferentismo no tocante às dores de tantos irmãos e irmãs. Neste sentido, a Santa Dulce dos pobres, foi um exemplo para todos nós, pois soube viver e testemunhar o amor de Deus pelos pobres e sofredores; lutando pela vida e uma vida de dignidade de cada pessoa (CF, texto-base, p. 9). “A misericórdia, diante de uma vida humana em situação de necessidade, é a verdadeira face do amor” (Papa Francisco, Angelus, 08/08/2019). Jesus será sempre a referência do bom samaritano que se aproxima dos homens e mulheres que sofrem, a fim de restituir-lhes a dignidade perdida e, assim, vencermos o crescimento da indiferença do mundo.”
“A Campanha da Fraternidade nos apresenta também quatro propostas de programa quaresmal: 1. Escuta da Palavra que converte o coração; 2. Verdadeira atenção pelos outros; 3. Romper com a indiferença frente ao sofrimento. 4. Disponibilidade para o serviço. Estas quatro propostas nos responsabilizam ainda mais sobre o direito e a defesa da vida em todas as suas fases, do nascimento até a sua morte natural. Cristo é sempre o melhor caminho de uma vida nova. Ele mesmo se revela para nós como caminho, verdade e vida! (Jo 14,6)”
Você pode ouvir a íntegra da homilia de D. Pedro, fazendo download a partir do link: < https://drive.google.com/open?id=1olFFKKDVFmgV4t7jxn9EBYud3E5FkBgB >
Campanha da Fraternidade
A Igreja no Brasil, como mencionada por D. Pedro durante a homilia, vivencia a quaresma por meio da Campanha da Fraternidade. A CF é sempre promovida pela CNBB em nível nacional. Foi inspirada em uma iniciativa de três padre da cidade de Natal (RN) que a realizaram em 1961. Em 1964 foi realizada pela primeira vez em nível nacional. Em um primeiro momento, fruto do Concílio Vaticano II, a CF se preocupou com temas mais voltados para a renovação da Igreja e do Cristão. E, a partir dos anos 70, a Igreja do Brasil passou a se preocupar com a realidade social e existencial do povo brasileiro. A CF também é realizada a nível ecumênico (2000, 2005, 2010, 2016 e já está sendo preparada de 2021), organizada pelo CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs).
Texto: Flávio Maia
Fotos: Bruno Henrique
PasCom da Paróquia Santo Antônio – Campanha/MG
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