Homilia de Dom Pedro Cunha Cruz, na Romaria diocesana ao Santuário Nacional de Aparecida

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Meus irmãos e irmãs, na Liturgia da Palavra de hoje, em meio aos exilados da Babilônia, o profeta Ezequiel indica que Israel mereceu um julgamento e um fim histórico trágico; mas a justiça de Deus suscita sempre a esperança num futuro melhor. Deus é justo porque trata cada um com amor misericordioso. Ezequiel tinha profetizado sobre a condenação de todo o povo. Contudo, Deus permitiu que o povo se arrependesse e voltasse a comunhão com Ele.

Diante do juízo iminente de Deus, o arrependimento será um caminho possível para a renovação da aliança com Ele, pois o homem é livre para renunciar o seu passado e reconstruir sua vida. Apesar do triste passado, o presente pode se tornar uma oportunidade de total transformação ou mudança de vida. “Arrependei-vos, convertei-vos de todas as transgressões...convertei-vos e vivereis” (Ez 18, 30.32). O perdão nos possibilita uma relação nova com Deus e com a comunidade. Deus trata os homens na qualidade de indivíduos: “todas as almas são minhas. Não sinto prazer na morte de ninguém” (Ez 18, 4.32).

Não vivemos mais sob o peso dos pecados dos nossos antepassados; cada um tem uma responsabilidade pessoal diante de Deus. O perdão de Deus é acessível a todo pecador arrependido. Todo pecador arrependido pode chegar à salvação, pois não há um pecado no homem que Deus não queira perdoar. O seu perdão está sempre diante dos olhos do pecador que, ao exortar o perdão com o coração contrito, encontra a salvação.

Nossas vidas pertencem a Deus. Viver e morrer são os dois lados da vida. Mas viver praticando o bem, o direito e a justiça é que dá sentido à nossa vida; sempre iluminada e direcionada ao Reino de Deus. A vida plena será sempre a recompensa de Deus ao justo e humilde. A nossa liberdade é autêntica quando somos livres para abandonar o pecado e o mal, a fim de cumprirmos a vontade de Deus: “pois eu não sinto prazer na morte de ninguém” (Ez 18, 32). Nossa atitude deve ser sempre de confiança no Pai misericordioso, que nos quer sempre bem. Ele não é o Deus vingativo, intolerante e inclemente. Não cabem estas propriedades no Deus que é a fonte da vida. “Ensinarei vossos caminhos aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados” (Sl 50, 15).

No Evangelho, vimos a acolhida benevolente de Jesus em relação às crianças; pessoas pouco consideradas na sociedade daquela época. Jesus, ao contrário, dando-lhes atenção mostra que também elas participam do seu Reino. Ao acolhê-las, Jesus demonstra seu amor para com todos, a começar pelos pequenos e mais necessitados de amparo. Jesus, com o gesto de impor-lhe as mãos como atitude afetuosa, nos ensina o espaço que os humildes e pequenos tem no seu Reino. O Reino de Deus rejeita atitudes orgulhosas, desprezíveis e discriminatórias. Devemos ser semelhantes as crianças, a fim de participarmos deste Reino. Assim, Jesus estreita a relação entre a humildade e o Reino dos Céus. Esta é a condição necessária para ingressarmos nele.

Guiados pela Palavra de Deus deste dia, e da vida e testemunho da Santa Dulce dos Pobres, cujo dia nacional estamos celebrando, transformemos este Evangelho em prática cotidiana de caridade cristã, onde os pequeninos e simples, em particular as crianças pobres, vulneráveis, abusadas, violentadas, encontrem amor, respeito e dignidade nesta vida; pois a elas Jesus assemelha o Reino. Busquemos este Reino com a simplicidade e despojamento das crianças, e sejamos imitadores do amor indiscriminado de Jesus.

Hoje viemos neste Santuário Mariano para agradecer as graças que Deus nos concedeu pela materna intercessão da Virgem Aparecida. Rezando pela nossa igreja particular da Campanha que vive um momento muito rico do caminho sinodal, de comunhão e participação das forças vivas de nossas comunidades eclesiais missionárias. Este é o caminho que o Espírito Santo suscita para Igreja neste milênio. Este caminho se faz com espírito de despojamento, abertura, proximidade e encontro com todos, sobretudo os mais distantes. A sinodalidade nos empenha no papel significativo de sujeitos ativos da missão evangelizadora, sendo protagonistas de uma sociedade mais humana e mais justa. Evangelizar é dever de toda a Igreja, faz parte de sua natureza. Nesta obra missionária, ela escuta, dialoga e encontra, a fim de que possa servir como testemunha de Cristo (EG, 27).

Amanhã iniciaremos a Semana Nacional da Família, cujo tema é: “Amor familiar, vocação e caminho de santidade”. Todos nós somos chamados a aprofundar este tema como momento de espiritualidade e catequese familiar. É uma oportunidade de fortalecermos ainda mais a evangelização nas famílias, estreitando os seus laços, mesmo em meio a grande crise que ainda estamos atravessando no Brasil e em várias partes do mundo; no campo político, econômico, social, dos conflitos bélicos, retardando a construção da civilização do amor e da fraternidade universal.

“O Evangelho da família é a alegria que enche o coração e a vida inteira. A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimônio, o desejo de família permanece vivo” (AL). Rezemos por nossas famílias, como nos pede o Papa Francisco: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração; escolas autênticas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas”.

Virgem Mãe Aparecida olhai pelo Brasil. Abençoai vossos filhos e filhas, devotos e romeiros que aqui estão com o propósito de renovar a esperança de um mundo melhor, onde reine o amor, a justiça e a paz. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Meus irmãos e irmãs, na Liturgia da Palavra de hoje, em meio aos exilados da Babilônia, o profeta Ezequiel indica que Israel mereceu um julgamento e um fim histórico trágico; mas a justiça de Deus suscita sempre a esperança num futuro melhor. Deus é justo porque trata cada um com amor misericordioso. Ezequiel tinha profetizado sobre a condenação de todo o povo. Contudo, Deus permitiu que o povo se arrependesse e voltasse a comunhão com Ele.

 

Diante do juízo iminente de Deus, o arrependimento será um caminho possível para a renovação da aliança com Ele, pois o homem é livre para renunciar o seu passado e reconstruir sua vida. Apesar do triste passado, o presente pode se tornar uma oportunidade de total transformação ou mudança de vida. “Arrependei-vos, convertei-vos de todas as transgressões...convertei-vos e vivereis” (Ez 18, 30.32). O perdão nos possibilita uma relação nova com Deus e com a comunidade. Deus trata os homens na qualidade de indivíduos: “todas as almas são minhas. Não sinto prazer na morte de ninguém” (Ez 18, 4.32).

 

Não vivemos mais sob o peso dos pecados dos nossos antepassados; cada um tem uma responsabilidade pessoal diante de Deus. O perdão de Deus é acessível a todo pecador arrependido. Todo pecador arrependido pode chegar à salvação, pois não há um pecado no homem que Deus não queira perdoar. O seu perdão está sempre diante dos olhos do pecador que, ao exortar o perdão com o coração contrito, encontra a salvação.

 

Nossas vidas pertencem a Deus. Viver e morrer são os dois lados da vida. Mas viver praticando o bem, o direito e a justiça é que dá sentido à nossa vida; sempre iluminada e direcionada ao Reino de Deus. A vida plena será sempre a recompensa de Deus ao justo e humilde. A nossa liberdade é autêntica quando somos livres para abandonar o pecado e o mal, a fim de cumprirmos a vontade de Deus: “pois eu não sinto prazer na morte de ninguém” (Ez 18, 32). Nossa atitude deve ser sempre de confiança no Pai misericordioso, que nos quer sempre bem. Ele não é o Deus vingativo, intolerante e inclemente. Não cabem estas propriedades no Deus que é a fonte da vida. “Ensinarei vossos caminhos aos pecadores, e para vós se voltarão os transviados” (Sl 50, 15).

 

No Evangelho, vimos a acolhida benevolente de Jesus em relação às crianças; pessoas pouco consideradas na sociedade daquela época. Jesus, ao contrário, dando-lhes atenção mostra que também elas participam do seu Reino. Ao acolhê-las, Jesus demonstra seu amor para com todos, a começar pelos pequenos e mais necessitados de amparo. Jesus, com o gesto de impor-lhe as mãos como atitude afetuosa, nos ensina o espaço que os humildes e pequenos tem no seu Reino. O Reino de Deus rejeita atitudes orgulhosas, desprezíveis e discriminatórias. Devemos ser semelhantes as crianças, a fim de participarmos deste Reino. Assim, Jesus estreita a relação entre a humildade e o Reino dos Céus. Esta é a condição necessária para ingressarmos nele.

 

Guiados pela Palavra de Deus deste dia, e da vida e testemunho da Santa Dulce dos Pobres, cujo dia nacional estamos celebrando, transformemos este Evangelho em prática cotidiana de caridade cristã, onde os pequeninos e simples, em particular as crianças pobres, vulneráveis, abusadas, violentadas, encontrem amor, respeito e dignidade nesta vida; pois a elas Jesus assemelha o Reino. Busquemos este Reino com a simplicidade e despojamento das crianças, e sejamos imitadores do amor indiscriminado de Jesus.

 

Hoje viemos neste Santuário Mariano para agradecer as graças que Deus nos concedeu pela materna intercessão da Virgem Aparecida. Rezando pela nossa igreja particular da Campanha que vive um momento muito rico do caminho sinodal, de comunhão e participação das forças vivas de nossas comunidades eclesiais missionárias. Este é o caminho que o Espírito Santo suscita para Igreja neste milênio. Este caminho se faz com espírito de despojamento, abertura, proximidade e encontro com todos, sobretudo os mais distantes. A sinodalidade nos empenha no papel significativo de sujeitos ativos da missão evangelizadora, sendo protagonistas de uma sociedade mais humana e mais justa. Evangelizar é dever de toda a Igreja, faz parte de sua natureza. Nesta obra missionária, ela escuta, dialoga e encontra, a fim de que possa servir como testemunha de Cristo (EG, 27).

 

Amanhã iniciaremos a Semana Nacional da Família, cujo tema é: “Amor familiar, vocação e caminho de santidade”. Todos nós somos chamados a aprofundar este tema como momento de espiritualidade e catequese familiar. É uma oportunidade de fortalecermos ainda mais a evangelização nas famílias, estreitando os seus laços, mesmo em meio a grande crise que ainda estamos atravessando no Brasil e em várias partes do mundo; no campo político, econômico, social, dos conflitos bélicos, retardando a construção da civilização do amor e da fraternidade universal.

 

“O Evangelho da família é a alegria que enche o coração e a vida inteira. A alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja. Apesar dos numerosos sinais de crise no matrimônio, o desejo de família permanece vivo” (AL). Rezemos por nossas famílias, como nos pede o Papa Francisco: “Sagrada Família de Nazaré, tornai também nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração; escolas autênticas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas”.

 

Virgem Mãe Aparecida olhai pelo Brasil. Abençoai vossos filhos e filhas, devotos e romeiros que aqui estão com o propósito de renovar a esperança de um mundo melhor, onde reine o amor, a justiça e a paz. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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