O TESTEMUNHO DOS LEIGOS NOS AJUDA A SER “SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO” COM O MENINO JESUS – PARTE 2

capa-natal-parte2-cropedA Novena de Natal de 2018 vem ajudar-nos a refletir sobre os “areópagos modernos”, tal expressão foi utilizada por São João Paulo II na Encíclica Redemptoris Missio (RM) quando, ao se referir aos novos desafios da missão evangelizadora, ele recordou que a Igreja primitiva já havia se deparado com o desafio de anunciar o Evangelho em ambientes aparentemente incomuns à religião. Paulo sentiu-se desafiado a pregar a mensagem do Reino no areópago, um espaço fundamental da cultura de Atenas, onde se reuniam filósofos e conselheiros (At 17,22-31). Com isso o Papa desejou destacar que, da mesma forma que no passado, hoje os cristãos têm a missão de sair do conforto da comunidade e lançar-se em várias frentes para anunciar a proposta do Reino, os novos areópagos (RM, 12).

No testemunho de hoje: “A Família, areópago primordial”.

“Em Três Corações-MG, no Bairro Vila Lima, até hoje se mantém o costume da visita da capelinha de Nossa Senhora das Graças, padroeira da comunidade e da Paróquia. Toda esta iniciativa começou ainda quando os primeiro moradores dali, vindos da roça, perceberam a necessidade da oração em Família. Na ata da comunidade é contado, com delicadeza e emoção, aquela primeira experiência de fé que levou inúmeras famílias a se dedicarem posteriormente na construção da comunidade dedicada à Virgem Maria, Senhora das Graças.

No meio dessas famílias, encontramos o testemunho de uma das senhoras que, como tantas outras, não mediram esforços para edificar a comunidade, por meio da oração e do serviço aos irmãos e irmãs. O seu nome é Geni Isalina, conhecida por todos como Dona Geni ou Titia. Ela trabalhou a vida toda se dedicando à Igreja. Em cada mistério do terço rezado, havia uma partilha sobre a educação dos filhos ou o relacionamento com o esposo, fomentando em todos, o desejo de servir a Deus, na Igreja e na Família.

Nos momentos difíceis da sua vida, não hesitava em dobrar os joelhos e, em lágrimas, pedir à Virgem das Graças que intercedesse por sua família. Até nos momentos de dores e dificuldades seu lema de vida era: “servir a Deus, que tudo me deu”. Assim, suas filhas seguiram seus ensinamentos, cada uma, no seu devido tempo, dedicou-se ao trabalho da comunidade como catequista, no grupo de jovens, no canto ou como Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão. O exemplo de Dona Geni se espalhou por toda a comunidade, a ponto de inúmeras pessoas recorrerem a ela para pedir um conselho, uma ajuda... e ela, sempre firme, animava a todos e mostrava que é por meio da oração diária, especialmente do terço, que se consegue vencer as dificuldades da vida.

Dona Geni faleceu no dia 12 de junho de 2017, mas seu exemplo continua vivo no rosto de inúmeros homens e mulheres daquela comunidade. Todos se lembram do serviço prestado à Igreja por ela e toda sua família, seja na limpeza, na massa de pastel, no cuidado das chaves como zeladora, ou na tradicional oração do terço às seis horas da manhã, a pedido de inúmeras  famílias. Numa de suas últimas partilhas, na Igreja, disse: “é preciso sempre ensinar as coisas boas para as nossas famílias. Por mais dificuldades que passamos, são as coisas boas que precisamos e isso só o amor pela família pode nos dar”.  

 

 

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