MEMORIAL DOM OTHON MOTTA

 

Dom Othon MottaCom a abertura do processo de beatificação de D. Othon Motta, diocese de Campanha e paróquia Santo Antônio organizam memorial do servo de Deus.

Com a aceitação do pedido para abertura do processo de beatificação de D. Othon Motta, a diocese de Campanha já vislumbra a possibilidade de ter o seu terceiro beato. D. Othon foi o terceiro bispo diocesano, ocupando o governo pastoral da igreja Particular de Campanha de 1960 a 1985. Natural do Rio de Janeiro, foi sagrado bispo coadjutor de Juiz de Fora e lá atuou de 1953 a 1957. Posteriormente foi designado auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro. E, em 1959, bispo coadjutor (com direito à sucessão) da Diocese de Campanha.

No próximo dia 15 de setembro será inaugurado o Memorial do servo de Deus Dom Othon. E sobre esse fato, nós conversamos com Pe. Bruno César Dias Graciano, pároco a paróquia São Lourenço mártir, em São Lourenço, e promotor da causa de beatificação do Servo de Deus

 

Pe. Bruno, qual foi a motivação para a organização do memorial D. Othon Motta?

Quando se inicia o processo de beatificação de um servo de Deus, um dos passos iniciais é reconstruir a história de sua vida, fazendo memória de fatos marcantes com fotografias, filmagens, áudios, pertences... nada mais adequado que reunir tudo isso num espaço, que recebe o nome de memorial, onde os visitantes possam conhecer a sua história. A figura de Dom Othon Motta é muito marcante para o povo da campanha... muitos narram histórias belíssimas a seu respeito, mas é importante que as novas gerações e também o povo de nossa diocese e os mais diversos fiéis possam conhecer s vida de nosso servo de Deus Dom Othon Motta.

 

E o memorial funcionará aonde?

O memorial será na Residência Episcopal Bom Pastor, a casa que foi construída para Dom Othon viver quando a sua enfermidade começou a agravar, aquela casa acima da Residência Episcopal São José, em frente ao Seminário Diocesano, e serão reconstituidos, com os móveis originais, o seu quarto e escritório, onde poderão ser vistos paramentos, fotografias e objetos pessoais do servo de Deus.

 

Reconstituir a história nem sempre é um processo fácil. Como tem sido a captação de materiais para a composição do acervo do Memorial D. Othon?

Temos conversado com muitas pessoas que conviveram e, de modo especial, que trabalharam com Dom Othon, além de tantas outras que nos têm procurado para oferecer alguma foto, carta, áudio, video ou objeto pessoal, que, sem dúvida, adquirem um valor muito especial, estando no memorial, onde todos poderão contemplar.

 

De fato! E na catedral ainda temos alguns objetos de Dom Othon... Quem tiver algum objeto, alguma lembrança de d. Othon e se sentir motivado a doar, qual seria o procedimento?

Quem tiver algo que pertenceu ao servo de Deus Dom Othon Motta pode nos comunicar, ou procurar pela secretaria da Causa de Beatificação, junto à Curia Diocesana, falando com a senhora Aneliza.

 

E falando sobre o processo de beatificação. Corrija-me se estiver errado, por favor. Recentemente o vaticano concedeu o título de servo de Deus a Dom Othon. Qual são os próximos passos deste processo?

Quando o processo é aprovado pela Sagrada congregação para a causa dos santos, a pessoa já passa a ser considerada serva de Deus. O passo seguinte é reconstituir a sua história, com testemunhos e coleta de graças alcançadas, na chamada fase diocesana, que começa ou termina com a exumação dos restos mortais. No caso do servo de Deus Dom Othon Motta, a fase diocesana terá início com a exumação, provavelmente em novembro, de acordo com o postulador da causa, o italiano, Dr. Vilotta.

 

Existe certa dúvida a respeito motivo da exumação. Por que exumar o corpo do candidato a beato?

A exumação tem o objetivo de comprovar que, de fato, a pessoa existiu.

 

Essa reconstituição histórica mencionada é feita através de documentação oficial ou relatos de pessoas que conviveram com d. Othon? Ou as duas coisas juntas?

As duas coisas juntas são muito importantes: documentos pessoais, escritos, gravações, além dos testemunhos.

 

Concluída essa fase diocesana, o processo é encaminhado para o Vaticano? Como seria a outra fase?

Encerrada a fase diocesana, os relatórios são enviados à Sagrada Congregação para a causa dos santos, em Roma, para criteriosa avaliação, considerando que neste relatório há relatos de graças e milagre alcançado por sua intercessão.

 

Com relação à duração do processo, há algum prazo determinado para, por exemplo a conclusão da fase diocesana? Há alguns processos que demoram muito, como foi o caso de Pe. José de Anchieta, beatificado só em 1980.

Não há prazo... tudo depende do andamento da coleta de dados e da comprovação do milagre.

 

A data escolhida para a inauguração do memorial foi um dia muito especial, 15 de setembro, festa litúrgica da Senhora das Dores, padroeira do Seminário Filosófico. O que está sendo programado para a ocasião?

Esta data também é da chegada de Dom Othon Motta à nossa Diocese, que ocorreu em 1959. Às 10h acontecerá a missa em honra a Nossa Senhora das Dores, na Catedral. Ato contínuo será a inauguração do memorial pelo bispo diocesano, Dom Pedro Cunha Cruz, na presença dos padres e seminaristas.

 

A Comissão de postulação da causa de beatificação do Servo de Deus Dom Othon Motta é composta pelo Pe. Marco Antônio Iabrudi Filho, pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Aiuruoca; Pe. Bruno César Dias Graciano, pároco da paróquia São Lourenço; Francisco Custódio Neto, notário; e Leonardo Gonçalves Lima, notário adjunto.

Se você tiver notícia de alguma graça, ou foi agraciado com a intercessão de D. Othon Motta, entre em contato com a comissão. Você pode fazê-lo acessando o site da diocese de Campanha: http://www.diocesedacampanha.org.br

 

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