CATEQUISTAS SE REUNIRAM EM JORNADA DIOCESANA PARA CELEBRAR O DIA DO CATEQUISTA

capaOs catequistas de nossa diocese se reuniram em Campanha, no dia 25 de agosto, para celebrar o Dia Nacional do Catequista. Compareceram delegações de 71 paróquias, somando cerca de 700 catequistas de todas as etapas do processo de Iniciação à Vida Cristã.

O encontro teve início com um café servido pela Paróquia Santo Antônio, de Campanha. Na praça Dom Ferrão, as delegações foram se achegando e se congregando como expressão viva da unidade diocesana.

Já no interior da igreja-mãe de nossa diocese, as Foranias foram saudadas e, como louvor da manhã, cantamos o Canto do Irmão Sol. Todos juntos recebemos o senhor bispo Dom Pedro, acompanhado de Pe. Jean Poul, assessor diocesano da Catequese.

Os catequistas Graça Bustamante (da paróquia São Sebastião, de Pedralva), Débora (da paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Três Pontas) e Edson (da paróquia Nossa Senhora das Dores, de Boa Esperança) apresentaram ao senhor bispo as alegrias e os desafios da Catequese Batismal, da Catequese com Crianças e Adolescentes e da Catequese com Adultos, respectivamente. Em seguida, como resposta à realidade apresentada, Dom Pedro proferiu sua catequese intitulada “Luzes para a Iniciação à Vida Cristã na Diocese da Campanha”. Expressando seu múnus de ensinar, nosso pastor diocesano nos apresentou elementos fundamentais para a Catequese a serviço da Iniciação à Vida Cristã e nos ofereceu oito pistas para nossa ação pastoral.

Exercendo seu ministério de santificar, Dom Pedro presidiu para nós a Eucaristia, concelebrada pelo Côn. Luzair, cura da Catedral, e pelo Pe. Jean Poul.

Ao final de nossa Jornada, após encaminhamentos pastorais para o segundo semestre, realizamos a celebração de Envio missionário. Cada delegação recebeu uma vela com o compromisso de transmitir às comunidades a chama viva do Evangelho de Jesus que lá partilhamos mais uma vez. Foi encaminhado também o roteiro “Catequista: educador que se deixa educar”, a fim de que os delegados se reúnam com os todos os catequistas de suas comunidades para lhes transmitir as palavras do senhor bispo.

Agradecemos ao senhor Bispo Dom Pedro por sua presença e suas palavras que nos confirmam na fé; à paróquia Santo Antônio pela acolhida calorosa e por todos os esforços envidados no êxito da Jornada; aos senhores padres que enviaram as delegações paroquiais e aos catequistas delegados que participaram intensamente de nosso encontro; à Equipe Diocesana da Catequese e à Equipe de Assessores da Catequese pelo apoio na organização e realização de mais esta Jornada de Catequistas.

Ao Senhor que nos escolheu, chamou e enviou, o nosso “sim” constantemente renovado e a nossa ação de graças pelas maravilhas que opera em nossa Catequese!

Equipe Diocesana da Catequese

Leia a íntegra da Catequese de Dom Pedro:

*LUZES PARA A INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NA DIOCESE DA CAMPANHA*

Saudamos neste dia a todos os leigos e catequistas que exercem esse precioso serviço nas paróquias e comunidades de nossa igreja particular da Campanha - MG. Obrigado por tanto bem que vocês realizam na Igreja e na sociedade. A doação de vida e o testemunho de vocês são uma benção e uma graça para todos nós.

Esta reflexão sobre a iniciação à vida cristã na nossa Diocese pretende ajudar a descobrir novos caminhos para uma catequese que, realmente, leve o catequizando a um encontro pessoal com Cristo na comunidade cristã. O Documento de Aparecida já destacava que tal iniciação é um desafio que precisa ser enfrentado com coragem e criatividade, devido à fragmentação do processo catecumenal. “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para o seguimento, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora” (DAp, 287). É necessário levar as pessoas a um contato vivo com Jesus Cristo, mergulhando-as nas riquezas do Santo Evangelho e iniciá-las na vida comunitária e a vivência dos sacramentos. O encontro com Jesus deve criar relações fraternas e comunitárias. É na força da palavra de Deus que devemos formar verdadeiras comunidades de discípulos missionários (At 2, 42-47; 4, 32-37).

As DGAE destacam a comunidade como o lugar da iniciação à vida cristã, e o que se espera dos iniciados na fé: “Deste modo, tornam-se comunidades de portas abertas para acolher a todos e para sair ao encontro das pessoas, em suas realidades, atuando como 'sal da terra e luz do mundo' (n. 83). Um dos pilares da Igreja, entendida como casa, é a Iniciação à vida cristã e animação bíblica da vida pastoral. O anúncio da Palavra de Deus, que gera uma comunidade de fé, deve partir sempre da consciência que é Deus que toma a iniciativa de vir ao nosso encontro propondo um caminho novo. Por isso, devemos responder ao dom, que implica conversão de vida, configuração a Cristo que, necessariamente, torna o discípulo missionário. O itinerário de iniciação à vida cristã supõe um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, proporcionado de forma privilegiada pela celebração da Palavra de Deus (cf. Verbum Domini, 65). É a partir deste encontro pessoal e da experiência de vida fraterna na comunidade, que as pessoas são introduzidas no processo de iniciação cristã.

Se pelo batismo somos inseridos no único corpo de Cristo (1Cor 12, 13), toda a comunidade é chamada a ser iniciadora por excelência. Aqui reside o caráter missionário deste processo. A missionariedade deve ser assumida com decisão e coragem por todos os iniciados. No fundo, é a própria Iniciação à vida cristã que desperta este caráter missionário e renova toda a comunidade. Portanto, não deve haver dicotomia entre Iniciação à vida cristã e Palavra de Deus. Ambas estão intimamente ligadas. Se o processo de iniciação à vida cristã parte da Palavra de Deus, é também verdade que todos os iniciados pautam suas vidas nela, na oração e na missão. A Exortação Apostólica Verbum Domini frisou muito bem: “A inteligência das Escrituras exige, ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração” (n. 86). A Palavra de Deus dirigida a todos nós deve construir comunhão, comunidade e Igreja. Todo discípulo missionário deve tomar o Evangelho como critério decisivo para uma autêntica vivência cristã (Pilar da Palavra).

Sugerimos as seguintes pistas de ação pastoral para nossa Diocese:

A)        Assumir a Iniciação cristã como um processo vital e não estanque, seja qual for a fase da vida;

B)        Priorizar a ação evangelizadora entre os batizados não suficientemente evangelizados, a fim de que retomem o caminho da fé;

C)        Dar uma atenção especial às famílias e jovens na obra evangelizadora (Sínodo da Família e Sínodo da Juventude como inspiração);

D)        Ver os três sacramentos da Iniciação Cristã em sua unidade indissolúvel (Batismo, Eucaristia e Crisma).

E)        O processo deve ser consciente e maduro, formando verdadeiros discípulos e missionários para a Igreja e para o mundo;

F)        Toda a comunidade deve se transformar em testemunhas da experiência do encontro com Deus, isto é, numa expressão de fé mistagógica. Não existe verdadeira fé sem vida comunitária, evitando o dualismo fé ”sim”, vida comunitária “não”.

G)        As comunidades devem ser acolhedoras e dinâmicas e não se pautem em projetos pastorais e catequéticos de “gaveta” e/ou de “conservação”.

H)        Por fim, construir uma ação catequética de inspiração, verdadeiramente, catecumenal (cristocêntrica), que evidencie a relação entre Palavra de Deus, catequese e liturgia (Kerigma e Mistagogia).

Dom Pedro Cunha Cruz

Bispo Diocesano da Campanha

 

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