O TESTEMUNHO DOS LEIGOS NOS AJUDA A SER “SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO” COM O MENINO JESUS – PARTE 6

D. Maria Antonia - 6 diaO mundo da Cultura abraça o mundo da Educação, eles caminham juntos. “A cultura, para ser educativa, deve inserir-se nos problemas do tempo no qual se desenvolve a vida dos estudantes. Dessa maneira, as diferentes disciplinas precisam apresentar não só um saber por adquirir, mas valores por assimilar e verdades por descobrir. Constitui responsabilidade estrita da escola destacar a dimensão ética e religiosa da cultura, precisamente com o objetivo de ativar o dinamismo espiritual do ser humano e ajudá-lo a alcançar a liberdade ética” (DA, 329-330). Eis o grande desafio do Mundo da Cultura e da Educação!

“A maioria dos padres da Diocese da Campanha teve a graça de conhecer a senhora Maria Antônia Valladão Pires, campanhense e esposa do senhor Ivan Sérgio Pires. Ela, formada em Língua Portuguesa, foi professora de muitos no Seminário Diocesano Nossa Senhora das Dores. Seu marido, Dr. Ivan, foi médico pediatra da Santa Casa de Misericórdia. Ambos, já falecidos, se tornaram modelo de leigos que souberam evangelizar no Mundo da Cultura e da Educação.

Esse casal teve a grata e rica oportunidade de conhecer e conviver com o saudoso Dom Othon Motta, terceiro bispo da nossa diocese e Servo de Deus, em caminho da Beatificação.  Com isso, puderam engrandecer a fé recebida no Batismo com os ensinamentos e o testemunho desse santo bispo. Nas aulas, Dona Maria Antônia sempre dizia: ‘Dom Othon era um homem de poucas e sábias palavras. Em cinco minutos ele fazia uma homilia profunda, que tocava os nossos corações’.

Com certeza, não só o contato pessoal com Dom Othon, mas também a formação que receberam em casa e os estudos acadêmicos fizeram deste casal pessoas que puderam evangelizar a cultura e educação. Talvez nem tanto falando de Jesus, mas, sobretudo, sendo presença Dele no ambiente em que atuavam. Dr. Ivan foi um médico muito humano. No final de sua vida, quando já não podia clinicar, tinha a prática de ir a Santa Casa, todos os dias, para visitar os leitos e orientar pacientes e médicos. E Dona Maria Antônia, para a alegria de muitos padres, foi professora do Seminário enquanto pode, até os últimos minutos de sua vida.

Nas aulas, Dona Maria Antônia preocupava com a formação integral dos seminaristas, e não apenas ensinar português. Ela era gigante na sala de aula. Com os alunos em círculo, ela regia a todos como um maestro aos seus músicos. Toda semana trazia um artigo atual do jornal O Globo para leitura dos estudantes. Daquela leitura, tirava material para ensinar gramática, ortografia, literatura... mas não sem antes partilhar com todos o que o texto ensinou para vida, o que trazia de novidade, de inquietação. E, sempre, no final das aulas, ela perguntava: ‘E agora? Sobre o que vocês vão escrever essa semana?’ E todos os seminaristas diziam sobre o quê, a partir daquela aula, iriam redigir um texto para a próxima aula. Se não bastasse, na aula seguinte era lido o melhor texto escrito na aula anterior. E, para alegria de todos, era sempre de alguém diferente, porque, nas aulas da Dona Maria Antônia, todos eram bons, todos cresciam a cada dia”.

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