“Como sal da terra e luz do mundo experimentamos a beleza da partilha do dízimo”
O mês de novembro já nos avizinha e nele vamos voltar nossa atenção, durante os seus trinta dias, para meditarmos sobre o valor do dízimo na comunidade. Também estamos encerrando o ano do laicato e queremos nos associar à Igreja no Brasil nessa grande celebração. Para tanto unimos o mês do dizimo com a proposta do ano do laicato para juntos desenvolvermos o tema acima proposto.
O dinamismo dos leigos e leigas em nossas diversas comunidades é algo notável! Em cada comunidade, paróquia e forania de nossa diocese existem verdadeiras jóias, tesouros que foram descobertos nos campos. À luz da palavra de Deus e do testemunho de tantos leigos e leigas queremos nos unir como Igreja para uma grande campanha do dízimo. Mas esta campanha não deve se restringir a uma simples arrecadação ou aumento das cifras monetárias do dízimo, mas antes ser uma oportunidade para ouvir a Palavra de Deus no que tange o dízimo como compromisso, ouvir a voz da Igreja a partir do Documento 106, aprofundando as dimensões do dízimo, sobretudo a nova dimensão proposta pela CNBB.
Falar do dízimo é sempre um desafio, pois ainda estamos muito focados no financeiro e com muita dificuldade realizamos a pastoral do dizimo. A ideia é sair da condição de uma mera equipe de arrecadação do dízimo para a realização de uma ação pastoral que valorize a pessoa do dizimista e não apenas suas contribuições. Para isso precisamos aprender que dízimo não acontece com um passe de mágica, mas requer esforço para que ele se torne consequência de uma paróquia evangelizada. E tal desafio envolve todas as forças vivas. Se ainda há entre nós alguém que não fez a opção pelo dízimo é porque ainda não fez opção pelo discipulado de Jesus. Claro que aqui não se pretende olhar, como já disse, para o lado financista do dízimo, mas para o lado comprometedor.
E é fácil perceber algumas realidades em nossas forças vivas. Comecemos perguntando: será que todos nossos agentes de pastoral são comprometidos de forma integral com a comunidade? E aqui se inclui o dízimo! Não apenas em levar a Eucaristia aos enfermos, celebrar a missa, servir ao altar, preparar os noivos, preparar os padrinhos e pais para o batismo, ir ao grupo de oração, rezar o terço, etc., realizar todas essas importantes ações pastorais não nos isenta de viver a realidade do dízimo.
Neste mês de novembro vamos nos aprofundar neste conhecimento e testemunho do dízimo, percebendo que a cor (luz) e o sabor (sal) que cada leigo e leiga pode oferecer é seu testemunho de vida. E no dízimo essas cores e sabores ganham uma nova tonalidade, pois o dízimo expressa a fé do batizado comprometido, que ajuda a plantar, cuidar e colher os frutos de uma autêntica pastoral do dízimo, que supere a mera arrecadação e veja a pessoa do dizimista na sua condição integral.
Desejamos que esta experiência seja frutuosa em sua paróquia e comunidades, mas que o evangelizar, rezar e partilhar o dízimo e a vida dos dizimistas não seja restrito nestes trinta dias de novembro, mas antes seja uma oportunidade para viver novos tempos de pastoral do dízimo.
Equipe Diocesana do Dizimo