DIOCESE DA CAMPANHA PEREGRINA ATÉ A CASA DA MÃE APARECIDA

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No último sábado, dia 11 de agosto, nossa Diocese se colocou literalmente a caminho e rumou até a Casa da Mãe, emAparecida-SP, para rezar pelas famílias, pelos vocacionados, pelos leigos e leigas, homens, mulheres e jovens empenhados nos diversos trabalhos pastorais.

O sol mal havia nascido e as caravanas de romeiros começaram a chegar, ônibus e carros, lotados de pessoas de todas as partes, de norte a sul de nossa centenária Diocese da Campanha, ansiosos por reforçar o sentido de unidade que é a marca desta Igreja particular.

Conforme divulgado, às 07h30 rezaram juntos o Terço diante do Trono de Nossa Senhora de Fátima, onde está a imagem peregrina trazida de Portugal pela comemoração do centenário das aparições aos pequenos Lúcia, Francisco e Jacinta, em 1917 e também pelo tricentenário da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1717. Uma única Mãe e vários títulos, mostrando assim, a face amorosa e protetora daquela que se identifica com seus filhos.

Um leigo de cada Forania representando todos os demais leigos neste especial Ano do Laicato, contemplou um mistério do terço, sendo acompanhado pela pequena multidão de fiéis. Sem dúvida, um momento sublime de piedade e simplicidade aos pés da Virgem.

Encerrada a oração, os romeiros se dirigiram ao Santuário e às 09h teve início a Santa Missa presidida por Dom Pedro Cunha Cruz, nosso bispo diocesano e concelebrada por um número expressivo de padres. Também os seminaristas do Propedêutico, da Filosofia e Teologia estavam presentes.

Em sua homilia, Dom Pedro saudou todo o povo, em especial, os peregrinos da Diocese da Campanha e fez uma bonita reflexão sobre as leituras do dia. Destacou a observância das leis de Deus, a defesa da vida e conclamou os cristãos a exercitarem a democracia e cidadania, neste ano eleitoral. Enfim, confiou toda a Pátria à Nossa Senhora Aparecida.

Com o final da celebração, Dom Pedro deu a bênção e desejou a todos um feliz retorno às suas paróquias. E que venha a Romaria Diocesana à Aparecida de 2019!

Texto: Secretaria Diocesana de Pastoral

Fotos: Pe. Joaquim Soares e Bruno Henrique

 

Confira abaixo, a íntegra da homilia de Dom Pedro Cunha Cruz:

“Caríssimos irmãos presbíteros, queridos diocesanos e romeiros. Na primeira leitura da Liturgia da Palavra deste sábado, ouvimos o diálogo entre o profeta Habacuc e Deus. A sua profecia trata do tema da Justiça de Deus. Deus exerce ou não sua justiça? Ouvimos a queixa do profeta contra a violência e a opressão. O profeta é encarregado por Deus para afirmar que o justo viverá por sua fidelidade, enquanto o mau perecerá. Ele deve ser fiel a Deus e à sua Lei, e nisto estará a sua salvação. Viver como filhos e filhas de Deus é ser fiel à sua Lei. Isto nos traz a verdadeira felicidade.

Observamos os atributos que o profeta destaca em Deus: “meu Santo, meu Rochedo”. O profeta reconhece que toda nossa existência está enraizada em Deus e Dele procede. “Meu Deus que não haverá de morrer”. Nosso Deus é eterno, autor e fonte de toda vida. Ele não aceita o mal e a iniquidade, e não volta seu olhar para os malvados que atentam contra a vida. “Será que Ele desembainhará a espada, para matar os povos sem dó nem piedade?”. A pergunta do profeta é pertinente e muito atual. Deus está como atalaia, sempre atento aos que praticam o mal e ferem a dignidade e o sacrário inviolável da vida de cada ser humano. Lembremo-nos do que nos expôs o profeta no final da primeira leitura: “quem não é correto vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. Deus não silencia perante o mal nem abandona quem o procura; antes, convida-o a ser instrumento da sua justiça.

Nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, nós bispos afirmamos que a Igreja está a serviço da vida plena para todos. A novidade que a Igreja quer anunciar ao mundo, mesmo num horizonte de violência e morte, é que o Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. Nós sabemos que “nossos povos não querem andar nas sombras da morte” (DAp, n. 350).

No Evangelho de hoje vimos o forte apelo de um pai que se aproximou de Jesus, se ajoelhou e suplicou pela vida de seu filho: “Senhor tem piedade do meu filho”, e Jesus o curou. É necessária a fé, capaz de mudar tudo. “Ó gente sem fé e perversa!”, disse Jesus. Nada nos será impossível se tivermos confiança Nele. Um verdadeiro pai ou mãe, não quer a morte de seus filhos. Inspirados no gesto de Jesus, queremos reafirmar nossa solidariedade e compromisso com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de destruição da vida. A Igreja, enquanto Corpo de Cristo e Instituição na história dos homens, sempre se reconhecerá servidora do Deus da vida. Por isso, ela não pode fazer nada que contradiga a defesa da vida, desde a concepção até sua morte natural.

A nossa época, com suas inevitáveis mudanças, e a época que haverá de surgir, precisa ser marcada pelo amor e pela valorização da vida, em todas as dimensões. Era isso que São João Paulo II queria dizer com a expressão “Civilização do Amor”. Ficamos estarrecidos quando os meios de comunicação noticiam que o nosso País tem sete mortos por hora. É um triste e preocupante recorde. A omissão diante de tal desafio será cobrada por Deus e pela história futura. Lembremo-nos da visão do profeta: “se demoras, espera, pois ela virá com certeza e não tardará” (Hb 2, 4). Temos que nos empenhar para vencer os tentáculos da cultura de morte e promover a cultura da vida, que todos os discípulos e missionários devem testemunhar.

Sabemos da complexidade que nosso Brasil está vivendo no atual momento, mas como “filhos que não fogem à luta” queremos protagonizar um país melhor, com a participação ativa dos cristãos no exercício da democracia e cidadania nas próximas eleições. Não podemos deixar que nos roubem a esperança de um país melhor, mais igual e aonde o valor e a força da vida prevaleçam. O bem de todos superando os interesses pessoais. A população está ansiosa por mudanças consistentes no âmbito da política, da economia e, sobretudo, no respeito à dignidade da pessoa e na defesa da vida plena. “Uma fé autêntica comporta sempre o desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela” (Papa Francisco, EvangeliiGaudium, n. 183). Precisamos também de políticos que, em primeiro lugar, preservem o dom da vida em todas as suas fases.

Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, abençoe a nossa Pátria amada. Fazei que todos os seus filhos e filhas, discípulos autênticos de seu Filho, não se calem diante da vida impedida de nascer seja por decisão individual, seja pela legalização e despenalização do aborto. Assim Seja!”

No último sábado, dia 11 de agosto, nossa Diocese se colocou literalmente a caminho e rumou até a Casa da Mãe, emAparecida-SP, para rezar pelas famílias, pelos vocacionados, pelos leigos e leigas, homens, mulheres e jovens empenhados nos diversos trabalhos pastorais.

O sol mal havia nascido e as caravanas de romeiros começaram a chegar, ônibus e carros, lotados de pessoas de todas as partes, de norte a sul de nossa centenária Diocese da Campanha, ansiosos por reforçar o sentido de unidade que é a marca desta Igreja particular.

Conforme divulgado, às 07h30 rezaram juntos o Terço diante do Trono de Nossa Senhora de Fátima, onde está a imagem peregrina trazida de Portugal pela comemoração do centenário das aparições aos pequenos Lúcia, Francisco e Jacinta, em 1917 e também pelo tricentenário da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1717. Uma única Mãe e vários títulos, mostrando assim, a face amorosa e protetora daquela que se identifica com seus filhos.

Um leigo de cada Forania representando todos os demais leigos neste especial Ano do Laicato, contemplou um mistério do terço, sendo acompanhado pela pequena multidão de fiéis. Sem dúvida, um momento sublime de piedade e simplicidade aos pés da Virgem.

Encerrada a oração, os romeiros se dirigiram ao Santuário e às 09h teve início a Santa Missa presidida por Dom Pedro Cunha Cruz, nosso bispo diocesano e concelebrada por um número expressivo de padres. Também os seminaristas do Propedêutico, da Filosofia e Teologia estavam presentes.

Em sua homilia, Dom Pedro saudou todo o povo, em especial, os peregrinos da Diocese da Campanha e fez uma bonita reflexão sobre as leituras do dia. Destacou a observância das leis de Deus, a defesa da vida e conclamou os cristãos a exercitarem a democracia e cidadania, neste ano eleitoral. Enfim, confiou toda a Pátria à Nossa Senhora Aparecida.

Com o final da celebração, Dom Pedro deu a bênção e desejou a todos um feliz retorno às suas paróquias. E que venha a Romaria Diocesana à Aparecida de 2019!

 

Texto: Secretaria Diocesana de Pastoral

Fotos: Pe. Joaquim Soares e Bruno Henrique

 

Confira abaixo, a íntegra da homilia de Dom Pedro Cunha Cruz:

“Caríssimos irmãos presbíteros, queridos diocesanos e romeiros. Na primeira leitura da Liturgia da Palavra deste sábado, ouvimos o diálogo entre o profeta Habacuc e Deus. A sua profecia trata do tema da Justiça de Deus. Deus exerce ou não sua justiça? Ouvimos a queixa do profeta contra a violência e a opressão. O profeta é encarregado por Deus para afirmar que o justo viverá por sua fidelidade, enquanto o mau perecerá. Ele deve ser fiel a Deus e à sua Lei, e nisto estará a sua salvação. Viver como filhos e filhas de Deus é ser fiel à sua Lei. Isto nos traz a verdadeira felicidade.

            Observamos os atributos que o profeta destaca em Deus: “meu Santo, meu Rochedo”. O profeta reconhece que toda nossa existência está enraizada em Deus e Dele procede. “Meu Deus que não haverá de morrer”. Nosso Deus é eterno, autor e fonte de toda vida. Ele não aceita o mal e a iniquidade, e não volta seu olhar para os malvados que atentam contra a vida. “Será que Ele desembainhará a espada, para matar os povos sem dó nem piedade?”. A pergunta do profeta é pertinente e muito atual. Deus está como atalaia, sempre atento aos que praticam o mal e ferem a dignidade e o sacrário inviolável da vida de cada ser humano. Lembremo-nos do que nos expôs o profeta no final da primeira leitura: “quem não é correto vai morrer, mas o justo viverá por sua fé”. Deus não silencia perante o mal nem abandona quem o procura; antes, convida-o a ser instrumento da sua justiça.

            Nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, nós bispos afirmamos que a Igreja está a serviço da vida plena para todos. A novidade que a Igreja quer anunciar ao mundo, mesmo num horizonte de violência e morte, é que o Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus. Nós sabemos que “nossos povos não querem andar nas sombras da morte” (DAp, n. 350).

            No Evangelho de hoje vimos o forte apelo de um pai que se aproximou de Jesus, se ajoelhou e suplicou pela vida de seu filho: “Senhor tem piedade do meu filho”, e Jesus o curou. É necessária a fé, capaz de mudar tudo. “Ó gente sem fé e perversa!”, disse Jesus. Nada nos será impossível se tivermos confiança Nele. Um verdadeiro pai ou mãe, não quer a morte de seus filhos. Inspirados no gesto de Jesus, queremos reafirmar nossa solidariedade e compromisso com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de destruição da vida. A Igreja, enquanto Corpo de Cristo e Instituição na história dos homens, sempre se reconhecerá servidora do Deus da vida. Por isso, ela não pode fazer nada que contradiga a defesa da vida, desde a concepção até sua morte natural.

            A nossa época, com suas inevitáveis mudanças, e a época que haverá de surgir, precisa ser marcada pelo amor e pela valorização da vida, em todas as dimensões. Era isso que São João Paulo II queria dizer com a expressão “Civilização do Amor”. Ficamos estarrecidos quando os meios de comunicação noticiam que o nosso País tem sete mortos por hora. É um triste e preocupante recorde. A omissão diante de tal desafio será cobrada por Deus e pela história futura. Lembremo-nos da visão do profeta: “se demoras, espera, pois ela virá com certeza e não tardará” (Hb 2, 4). Temos que nos empenhar para vencer os tentáculos da cultura de morte e promover a cultura da vida, que todos os discípulos e missionários devem testemunhar.

            Sabemos da complexidade que nosso Brasil está vivendo no atual momento, mas como “filhos que não fogem à luta” queremos protagonizar um país melhor, com a participação ativa dos cristãos no exercício da democracia e cidadania nas próximas eleições. Não podemos deixar que nos roubem a esperança de um país melhor, mais igual e aonde o valor e a força da vida prevaleçam. O bem de todos superando os interesses pessoais. A população está ansiosa por mudanças consistentes no âmbito da política, da economia e, sobretudo, no respeito à dignidade da pessoa e na defesa da vida plena. “Uma fé autêntica comporta sempre o desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela” (Papa Francisco, EvangeliiGaudium, n. 183). Precisamos também de políticos que, em primeiro lugar, preservem o dom da vida em todas as suas fases.

            Nossa Senhora Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, abençoe a nossa Pátria amada. Fazei que todos os seus filhos e filhas, discípulos autênticos de seu Filho, não se calem diante da vida impedida de nascer seja por decisão individual, seja pela legalização e despenalização do aborto. Assim Seja!”

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