PASTORAL DA EDUCAÇÃO ENSAIA OS PRIMEIROS PASSOS NA DIOCESE DA CAMPANHA

WhatsApp Image 2018-06-20 at 09.56.08As escolas católicas da nossa diocese foram todas convidadas a participar de um encontro na manhã desta terça-feira, 19/06, no Centro Diocesano de Pastoral, em Três Corações/MG. Atenderam ao convite o Colégio e a Escola Marista de Varginha/MG, representadas pelas coordenadoras de pastoral das respectivas unidades, Ana Carla e Daiane; o Colégio Franciscano Santo Inácio, de Baependi/MG, representado pela sua diretora, Ir. Clarice e o Colégio Pe. Júlio Maria, de Boa Esperança/MG, representado pelos professores Eduardo, coordenador de pastoral, e Ana, do ensino religioso. Prepararam este encontro o Pe. Aloísio Gustavo Dias (Liu), assessor diocesano da Pastoral da Educação, a professora Marília, de Caxambu, articuladora da pastoral e o Pe. Jean Poul, coordenador diocesano de pastoral. A assessoria esteve a cargo da professora Suzana Coutinho, da pastoral da educação da Arquidiocese de Pouso Alegre.

O encontro começou com uma apresentação pessoal e das instituições católicas de ensino que cada um representa. Em seguida, um tempo de oração, preparado pela professora Marília e uma reflexão sobre “as bem-aventuranças como caminho de felicidade para o educador cristão”, partilhada pela professora Suzana.

Quais os conceitos atuais de felicidade? O que é felicidade para Jesus de Nazaré? Nascido na estrebaria, crescido na carpintaria, sem constituir família, ter bom emprego e ficar rico, sendo torturado e morto na cruz, Jesus foi feliz? Sim. Foi feliz porque fez a muitos felizes. Felicidade em Jesus é sinônimo de salvação. Ele deixou uma receita de felicidade: Mt 5,1-16.

Os santos assumiram essa receita e se tornaram felizes mesmo em meio aos desafios e sofrimentos, salvando. E assim, revelaram o rosto de Jesus.

O educador cristão deve ser formador de seres humanos fraternos, justos, livres, conscientes, comprometidos e éticos. Para isto, as bem-aventuranças se apresentam como projeto de vida.

“Bem-aventurados os pobres”: enquanto o mundo prega a riqueza como fonte de felicidade, o educador cristão propõe um discernimento entre o que liberta e o que escraviza.

“Bem-aventurados os que choram”: não choram à toa, mas por causas justas, que garantem o consolo, a libertação. Enquanto o mundo propõe a felicidade na indiferença, distraídos longe da cruz, o educador cristão apresenta a compaixão como caminho de felicidade, assumindo a cruz do outro, socorrendo e aliviando o sofrimento alheio.

“Bem-aventurados os mansos”: os que se esvaziam da violência e da agressividade. Olhar o outro com ternura, humildade e mansidão é caminho de felicidade.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”: que não perderam o sonho do mundo melhor. Estes conservam o que há de melhor no ser humano. Para o mundo, a justiça é a defesa dos próprios interesses, para o cristão, justiça é considerar os pobres e vulneráveis nas próprias decisões.

“Bem-aventurados os misericordiosos”: os que são capazes de olhar nos olhos dos outros sem se sentir mais, maior ou melhor. Bem-aventurados os puros de coração: que não se deixam fermentar pela maldade do mundo, mas permanecem sinceros, verdadeiros, fiéis no mais íntimo e profundo do seu ser (o coração).

“Bem-aventurados os pacíficos”: criadores da paz como bem comum, sem desanimar diante dos obstáculos, sem ceder à murmuração, à crítica gratuita, ao pessimismo. O pacífico busca resolver os conflitos por meio do diálogo, da escuta, da busca comum de soluções.

“Bem-aventurados os perseguidos e caluniados falsamente”: aqueles que mantêm a fidelidade ao projeto de Jesus Cristo, mesmo em meio às forças adversas, que muitas vezes partem de dentro das próprias comunidades cristãs.

É caminho que começa por abraçar a cruz e passa por ser crucificado, mas é caminho de crescimento e felicidade.

Após a reflexão, os presentes foram apresentados ao desafio de iniciar um serviço pastoral de apoio aos educadores cristãos na sustentação da utopia comum, que tenha nos colégios católicos os pilares de sustentação para promover momentos de cultivo espiritual que ajudem os professores a professar a fé no ambiente educacional.

Ficou agendado para o dia 04 de setembro próximo, no Centro Diocesano de Pastoral, em Três Corações/MG, das 09 às 15h, um encontro com representações das diversas escolas de ensino fundamental II e médio presentes na diocese. Em breve, a articulação da Pastoral da Educação enviará uma carta a estas escolas, indicando as formas de inscrição.

Terminamos o encontro com um gostoso almoço, animado por experiências e sonhos cristãos para o mundo educacional.

Ensaiamos assim os primeiros passos de uma Pastoral da Educação em nossa diocese. Pedimos à Senhora do Carmo, educadora de nossa diocese no seguimento de Jesus que interceda por esta iniciativa e ajude-nos no caminho a ser seguido, perseguido e conseguido.

Pe. Jean Poul Hansen, Coordenador Diocesano de Pastoral

Sky Bet by bettingy.com